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domingo, 23 de janeiro de 2011

Portugal paga menos para emitir dívida, Procura triplica oferta

A taxa média ponderada da emissão fixou-se em 4,029%, abaixo dos 5,281% verificados na emissão anterior equivalente, realizada no início de Dezembro (ver tabela). Os analistas consultados pelo Diário Económico antecipavam uma queda da ‘yield', pelo que o resultado do leilão de hoje ficou dentro das expectativas.
"Acho que há a percepção de alguma diminuição de risco de Portugal a curto prazo. Daí, a descida de 120 pontos base na yield e a procura ter sido forte", notou Filipe Silva, do Banco Carregosa, em declarações à Reuters.
A procura atingiu os 2,3 mil milhões de euros, ou seja, mais do que triplicou a oferta numa emissão de 750 milhões de euros, o montante indicativo que tinha sido anunciado pelo IGCP. Na emissão de Dezembro, o rácio procura/oferta tinha ficado em 2,5 vezes.
"É bastante positivo. Apesar de ser claramente uma taxa alta a 12 meses, denota alguma acalmia dos mercados", disse Ricardo Marques, da IMF.
Portugal volta assim a passar mais um teste nos mercados de dívida, embora os resultados do leilão de hoje não escondam os custos acrescidos que o país está a pagar para se financiar. Basta lembrar que no início de 2010 Portugal pagou menos de 1% para emitir os mesmos Bilhetes do Tesouro a 12 meses.
"O Governo opta por ir ao mercado e deverá continuar a fazê-lo, esperando que os resultados da consolidação orçamental surtam efeito e baixem as taxas", antecipou João Sousa, economista do BPI.
Conhecidos os resultados do leilão, o principal índice accionista português, o PSI 20, inverteu para terreno positivo, somando agora ganhos ligeiros de 0,07%. No mercado cambial, o euro avançava 0,55% para 1,3461 dólares.
Outra afirmação do governo diz que a emissão da divida é um sinal encorajador.
"Isto é para nós um sinal encorajador, na medida em que traduz o reconhecimento daquilo que tem vindo a ser o esforço do governo na frente de consolidação orçamental", afirmou o secretário de Estado do Tesouro e Finanças, em declarações aos jornalistas no ministério das Finanças.
Portugal vendeu hoje 750 milhões de euros de uma nova linha de Bilhetes do Tesouro a uma taxa de juro média de 4,029%, tendo a procura sido 3,1 vezes a oferta.
De acordo com os dados do leilão disponibilizados na Bloomberg, o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP) conseguiu colocar a totalidade prevista para esta nova linha de BT com maturidade em Janeiro de 2012, com uma taxa de juro média abaixo dos 5,281 pagos na emissão anterior com maturidade semelhante. A procura pela dívida portuguesa superou a oferta em 3,1 vezes, tendo sido feitas ofertas por 2.317 milhões de euros.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

BCE ( banco central Europeu ) ajuda Portugal a manter acesso ao mercado no leilão de hoje

Frankfurt voltou ontem ás compras de dívida nacional e deu um balão de oxigénio para leilões de dívida de Portugal, Espanha e Itália.
Portugal vai hoje ao mercado tentar vender até 1,25 mil milhões de dívida a quatro e dez anos. A operação criou ansiedade nas autoridades e nos mercados porque o país será o primeiro dos periféricos a vender a dívida de médio e longo prazo e arrisca-se a pagar juros recorde. Um mau resultado no leilão colocará ainda mais pressão a Portugal para ter de solicitar ajuda ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira ( FEEF ) e complica a situação de Espanha e Itália, que vão amanhã ao mercado vender dívida.
Apesar dos receios que levaram a dívida nacional a negociar acima dos 7% no início da semana, os analistas acreditam que Portugal vai conseguir passar este teste. A dar ânimo aos investidores esteve a intervenção musculada do BCE, que esteve no mercado a comprar a dívida portuguesa. “ Não duvido que ( a operação ) vai correr bem. Tivemos ajuda do BCE que deverá ter comprado acima de mil milhões de euros de dívida periférica”, adiantou o director de investimento da ESAF, João Zorro, ao diário económico.
O banco central esteve agressivo no mercado nos últimos dois dias, levando a uma descida dos juros. A linha viva de OT, com maturidade em 2020, viu a “yield” de 7,083% no final da semana passada para 6,879% ontem, segundo dados da Bloomberg. Na última emissão a 10 anos, realizada em Novembro, o juro foi de 6,7388%. A taxa exigida no mercado secundário costuma servir de indicador para os juros que o mercado cobra quando o estado realiza leilões de dívida. Já a OT que vence em 2014 negociava ontem com uma taxa de 5,577%. “ Se as emissões seguirem, como tem acontecido até aqui, as taxas praticadas no mercado secundário, a intervenção do BCE pode contribuir para um alívio das condições da emissão”, refere o gestor de dívida do Banco Carregosa, Filipe Silva. Já o estratega de dívida do JPMorgan, Gianluca Salford, refere que “ não espera que Portugal perca o acesso ao mercado por causa dos resultados do leilão”.
Diário Económico, 12/Jan/2010
Noticia de Inês Moura

domingo, 9 de janeiro de 2011

Economist: Portugal entre os países que mais contraem(desce) em 2011

'The Economist' espera uma recessão de mais de 1% em Portugal este ano.

A publicação 'The Economist' divulgou uma lista com as previsões de crescimento para 2011. Portugal será o terceiro país que mais contrai.

Os países emergentes dominam o topo da lista, publicada no 'site' da revista britânica, com o Qatar, o Gana e a Mongólia a crescer mais de 10% e a empurrar a China para o sexto lugar na lista dos países que mais deverão crescer, em termos de Produto Interno Bruto, em 2011. O PIB do gigante asiático deverá expandir-se em 8,9% este ano.

Seguem-se a Eritreia e a Mongólia, antes da Índia, que deverá registar um crescimento de 8,6%. Depois, por ordem decrescente, figuram nas previsões da publicação inglesa o Uzbequistão, Timor-Leste e o Laos.

A grande ausência na lista dos dez países que mais crescerão em 2011 é a do Brasil, que no ano passado registou um crescimento de cerca de 7%, até ao início do mês de Dezembro.

Em sentido contrário, e do lado dos que menos deverão crescer, Porto Rico, Grécia e Portugal ocupam os três últimos lugares do pódio, com a Economist Intellingence Unit a calcular uma recessão de mais de 1% para o país chefiado por José Sócrates. Dos dez países que menos deverão expandir-se em 2011, Espanha é o que aparece, ainda assim, mais bem 'cotado', com um crescimento previsto em torno de 1%.
O estudo chama ainda a atenção para o facto de os chamados PIIGS - Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha - estarem a ser fortemente castigados no mercado de dívida.

No 'top 5' dos países mais arriscados do mundo, Portugal, Grécia e Irlanda fazem companhia à Venezuela e à Argentina, segundo o monitor da Bloomberg para os ‘credit-deafult swaps' (CDS), que são uma espécie de seguro no caso de uma empresa ou Estado entrar em incumprimento, ou seja, não cumprir as obrigações para com os seus credores.

http://economico.sapo.pt/noticias/economist-coloca-portugal-entre-os-paises-que-menos-crescem-em-2011_108105.html

João Grilo 10ºD Nº14
ESQM