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domingo, 27 de maio de 2012

Itália vai contrair mais do que o esperado pelo Governo

 
 
A economia vai contrair este ano mais do que o previsto pelo executivo  
italiano, uma vez que a queda da procura interna e dos investimentos  
acentuou a quarta recessão do país desde 2001.
Segundo o instituto de estatística italiano Istat, o Produto Interno  
Bruto (PIB) vai cair 1,5% em 2012, antes de crescer 0,5% em 2013.
 
Citado pela Bloomberg, o "chairman" do instituto italiano, Enrico  
Giovannini, acrescentou que o consumo das famílias e o investimento  
das empresas vão cair ambos, este ano, 2,1% e 5,7%, respectivamente.
 
As projecções do Istat comparam com as estimativas do Governo de uma  
contração de 1,2% este ano e de 0,5% em 2013.
 
A OCDE disse hoje que a economia italiana vai cair 1,7%, este ano, e  
expandir-se 0,5% no próximo.
 
Já relativamente ao desemprego, o Istat diz que a taxa de desemprego,  
actualmente em máximos de 12 anos, nos 9,8%, não deverá cair até 2014.
 
Este ano "vai ser lembrado como um ano muito difícil quer em termos  
económicos quer sociais", sublinhou Giovannini. No ano passado, Itália  
foi forçada a "reconhecer de forma traumática a seriedade da situação,  
uma vez que percebemos que éramos mais vulneráveis do que imaginávamos  
e começámos a lidar com muitos assuntos por resolver".
 
Bárbara Esteves nº5 11ºD

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Abandonar a União Europeia?


A pergunta de Thibault, de Lyon:

“Um Estado-membro pode sair da União Europeia? Se sim quais as consequências para a UE?

A resposta de Antonio Villafranca, do programa europeu ISPI :

“Esta pergunta tem sido colocada há muito tempo. Foi discutida durante a Convenção Europeia presidida por Giscard d’Estaing onde se trabalhou no projeto da Constituição Europeia.

O compromisso alcançado não exclui um Estado-membro, mas dá a um Estado-membro a oportunidade de abandonar a União Europeia.

No fim, a Constituição não foi ratificada, mas esta oportunidade foi contemplada no Tratado de Lisboa.

Há um processo a seguir. Primeiro o Estado-membro tem de consultar o Conselho Europeu, encarregue de começar as negociações.

Na verdade tem de se decidir que tipo de relacionamento haverá entre a União Europeia e o antigo Estado-membro.

Tem de haver um acordo internacional, tal como os acordos que a UE tem com a Suíça, por exemplo.
O Conselho Europeu decide com uma maioria qualificada, mas o próprio Parlamento Europeu tem de votar.

Este é o processo que torna possível a saída de um Estado-membro da UE.

Perguntamo-nos se um Estado-membro pode deixar a zona euro. Nesta matéria os tratados nada dizem. Do ponto de vista legal, não é possível.
Mas se algo não for possível do ponto de vista legal, por vezes poderá tornar-se necessário de um ponto de vista político.”

Apresentado por: Afonso Bento